Mio Matsuda

Os brasileiros que são ligados à cultura japonesa não podem deixar de conhecer o trabalho da cantora Mio Matsuda. Aliás, mesmo quem não tem um vínculo tão forte assim com o Japão, mas gosta da sonoridade da língua japonesa e da entonação da música oriental, com certeza vai adorar suas gravações.
Mio, depois de se apaixonar pelo fado português e morar um ano em Lisboa estudando o estilo musical, começou a expandir seu interesse por outros países falantes da língua portuguesa, inclusive o Brasil. Gravou seu primeiro álbum em 2005, no Rio de Janeiro e, no ano seguinte, lançou seu segundo disco entitulado Pitanga (ouça trechos aqui), com composições próprias inspiradas nos ritmos do Nordeste brasileiro. Em 2007, saiu seu terceiro CD, produzido juntamente com João Lyra e que resultou numa turnê pelo Japão.

Neste ano, Mio lançou seu quarto álbum, chamado Luar (foto abaixo), em homenagem ao centenário da imigração japonesa ao Brasil. O disco, além de faixas inéditas, contém uma seleção musical de trabalhos anteriores da cantora, que representam a ligação entre os dois países.


As canções são recheadas de contraste entre a língua e o ritmo do Brasil e do Japão. Alguns exemplos são as faixas "Shima Uta" e "Amefuri Otsuki", canções representativas do Japão, mas gravadas em português e, no caso de "Sima Uta", com ritmo brasileiro.
A faixa "Saiko", que significa "perfeito" ou "o melhor", tem uma história curiosa. Na década de 60, havia uma grande população de pescadores japoneses na Ilha de São Vicente, em Cabo Verde. Os japoneses fizeram amizade com os crioulos nativos e ensinaram a palavra, que virou título de uma animada música carnavalesca composta pelo cabo-verdiano Ti Goy.
Pouca gente sabe que a música Paraíba, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, foi gravada em versão japonesa pela cantora Keiko Ikuta e lançado em LP na Terra do Sol Nascente, em 1951, no auge da carreira do Rei do Baião. E Mio Matsuda não pôde perder a chance de regravá-la.
E a lista de obras continua, passando por "Tabibito no Xote" (Xote do Viajante), composto pela própria cantora e por muitas outras canções que marcam o intercâmbio cultural Brasil-Japão. Mio sem dúvida vem cultivando um tesouro cultural único, que transborda talento artístico e ficará para a posteridade.

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Ultrasone Edition 8


A Ultrasone, empresa alemã especializada em fones de ouvido, acaba de anunciar seu mais novo produto, o Edition 8.

O Edition 8 não será lançado em edição limitada, como foi o caso dos outros fones da linha high-end da Ultrasone, o Edition 7 e o Edition 9.
Outra diferença fundamental do Edition 8 para os seus antecessores é que dessa vez o fone é destinado para o uso portátil, pela sua leveza e tamanho reduzidos.


O produto objetiva aliar alta qualidade sonora com conforto e design. A respeito do design, chama atenção a característica metálica e reluzente dos ear-cups, que são feitos de rutênio, metal mais raro que o platino. O conforto é garantido pelo peso de 240g e pelo revestimento das almofadas em couro de carneiro.

As tecnologias tradicionais da Ultrasone são empregadas também no Edition 8. A primeira delas é a ULE (Ultra Low Emissions), que reduz as radiações eletromagnéticas em 98% através de uma blindagem de metal, no intuito de evitar danos à saúde.

A outra é a S-Logic, que promete conseguir uma reprodução tridimensional com palco sonoro de melhor definição com fones de ouvido (assista o vídeo abaixo para maiores detalhes). Aliás, no Edition 8 é implementada a S-Logic Plus, uma versão inovada da tecnologia.



A resposta em freqüência do Edition 8 vai de 8 Hz a 35 KHz e sua impedância é de 30 Ohms. O fone chegará no mercado em abril de 2009, com preço entre US$ 1.300,00 e US$ 1.500,00.

April Music Aura Note


É verdade que a maioria dos CD players high-end não são práticos. Aliás, quanto mais dedicado à excelência em reprodução musical, a tendência é de que haja menos funções no equipamento.
Quem não já viu aqueles players enormes de marcas renomadas, custando milhares de dólares e com apenas cinco botões na frente (sim, pois sem eles não dá para operar a máquina: play/pause, stop, forward, back e eject) e um par de solitárias saídas RCA na traseira?
E quando queremos assistir a um filme ou ouvir músicas a partir do computador, com nossas melhores caixas de som? E se desejamos deixar aquela musiquinha tocando antes de dormir e não termos que acordar de madrugada para desligar o sonzão high-end só porque não tem a função sleep?
Bom, foi no intuito de aliar a conveniência e a praticidade à qualidade de reprodução que a April Music desenvolveu o Aura Note. A idéia é dispor de um produto "tudo-em-um-só", mantendo aquele gostinho de alta fidelidade que tanto apreciamos.


As saídas do player já são amplificadas com 50W por canal, utilizando circuitos Mosfet push/pull. Uma breve olhada no painel traseiro e logo percebe-se uma porta USB do tipo B, para conexão com o computador. No modo PC, o equipamento funciona como uma placa de som externa, aceitando qualquer som que seja reproduzido no computador, seja ele de arquivos de áudio ou vídeo, executados por qualquer software. O volume pode ser controlado no próprio equipamento e/ou no computador.

Ainda na parte de trás, há uma entrada para antena (aliás, o tuner AM/FM permite 20 pre-configurações de estação de rádio) e uma entrada RCA auxiliar, que pode ser usada com um DVD player, por exemplo.

Na lateral, mais uma entrada USB - dessa vez do tipo A, para conectar pen-drives, players portáteis ou qualquer dispositivo que permita acesso a uma pasta contendo arquivos de áudio. O Aura Note é compatível com os formatos MP3, WMA e OGG; os arquivos podem ser procurados numericamente ou por ordem alfabética. Ao lado da entrada USB, uma saída para headphones, que não poderia faltar. Segundo o review da 6moons, o amplificador interno para headphones é de altíssima qualidade e não deixa absolutamente nada a desejar.



O super-versátil acompanha um controle remoto slim de 24 botões, recheado de funções interessantes. O botão "display" varia o brilho do visor em 5 níveis. O "rec" permite gravar o conteúdo do CD no pen-drive. Isso mesmo: ripagem automática para MP3! Através do controle remoto, também é possível programar o equipamento para tocar uma música escolhida numa determinada hora, como um despertador. Uma seqüência de faixas prediletas de um CD também pode ser programada pelo botão "prog". Com a função "sleep", pode-se configurar o tempo de desligamento de 10 a 90 minutos. Outro recurso interessante é o "-10 Down" e "+10 Up", que permite pular as faixas de 10 em 10. É bastante útil quando se tem um pen-drive ou CD com muitos MP3s, por exemplo, para uma busca mais rápida de faixas.

Como é de se esperar, não estamos falando de um equipamento barato: o Aura Note custa US$ 2.350,00. Mas se pensarmos bem, para comprar um conjunto de componentes de qualidade equivalente e com as mesmas funções, é muito provável que seria necessário gastar muito mais. No mercado usado, o Aura Note sai em torno de mil dólares americanos. Nada mais justo.


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W.A. Mozart - Oboenspitze

A série Oboenspitze (que pode ser traduzido do russo como Super Oboé) apresenta um repertório genial de obras de Mozart, algumas das quais são transcrições para oboé de composições originalmente feitas para cordas.
Por enquanto, a série conta com dois volumes gravados em Super Audio híbrido. O oboé solo é sempre executado por Alexei Utkin, acompanhado pela Hermitage Chamber Orchestra (composta por cordas, pares de oboés e cornetas, além do cravo), fundada em 2000 por alunos graduados do Conservatório Tchaikovsky - de onde Utkin é diretor.


O primeiro volume contém um arranjo para oboé, violino, duas violas e violoncelo do conhecido Quinteto de Cordas em Sol menor do compositor. A substituição do violino principal pelo oboé destaca a melodia e faz com que a obra ganhe um contraste delicioso. O disco ainda conta com concertos para sopro e orquestra.


O segundo lançamento segue o mesmo estilo. O Quinteto No.2 foi transcrito de forma que o oboé é acompanhado de um quarteto de cordas, porém com duas violas ao invés de dois violinos.
A segunda parte do disco é simplesmente irresistível: a Sinfonia concertante, tendo o violino e a viola substituídos pela flauta (tocada por Maria Chepurina) e o oboé. A combinação não tinha como funcionar melhor.

A gravação de altíssimo nível e resolução é feita pela Polyhymnia, que também realiza a maioria das gravações DSD da PentaTone.
A ousadia de Utkin em gravar transcrições de tão clássicas obras deu certo e se concretiza, ganhando vida e solidez, com a performance indiscutivelmente bela e habilidosa do músico.

Site do produto: Volume 1, Volume 2

Audio-Technica revela novos headphones


A Audio-Technica acaba de anunciar seus mais novos headphones, que vão desde simples fones esportivos e coloridos até os mais caros e sofisticados.
Os que mais chamam atenção dos audíofilos são os fones high-end ATH-A2000X e ATH-A1000X. Ambos ocuparão o topo da consagrada linha ART Monitor.




O ATH-A2000X, que entrará no mercado em 5 de dezembro, é um fone fechado, com as conchas feitas em titânio, material leve e de alta rigidez.
Possui drivers de 53mm de diâmetro, impedância de 42 ohms, resposta em freqüência de 5Hz a 45KHz. A armadura é feita com liga de magnésio leve e o fone tem 298 gramas.




O ATH-A1000X compartilha muitas das características do irmão mais velho e será lançado no mesmo dia.
Além da cor da concha, que será de alumínio, a diferença entre os dois também é sonora e se traduz na extensão da freqüência aguda, que alcança pouco menos que o A2000X.




Outra novidade é o fone in-ear ATH-CK1000. É o primeiro da Audio-Technica a usar três drivers, além de ser o menor monitor in-ear do mundo.
O enclausuramento é também em titânio, contribuindo para deixar o peso total em 4 gramas. O CK100 tem 23 ohms de impedância e resposta em freqüência de 20Hz a 18KHz.



O preço aproximado do ATH-A2000X será de US$ 770,00 e de US$ 603,00 para o ATH-A1000X. O in-ear de driver triplo ATH-CK100 sai nas lojas em 21 de novembro e custará US$ 561,00.

Grado HP-1000 e Headphile HP3000


"No final da década de 80, Joseph Grado começou o desenvolvimento do que iria se tornar o primeiro headphone dinâmico verdadeiramente high-end. A introdução dos headphones Joseph Grado Signature Series foi um evento importante na evolução do design do headphone. O processo esmerado de design do Joseph Grado, combinado com aproximadamente meio século de experiência na manufatura de dispositivos de áudio, surpreendeu até os mais críticos articulistas. Joseph extendeu o desempenho do headphone a níveis anteriormente alcançados somente pelos melhores sistemas de alto-falantes, nas áreas de dinâmica, controle, precisão harmônica e qualidade de grave. No processo, ele mais uma vez criou uma categoria completamente nova: headphones de verdadeira qualidade audiófila."

É o que conta a página da Grado Labs. E não é exagero deles. O HP-1000, que é citado no texto acima como "Signature Series", foi um grande marco na história da audiofilia e encorajou muitos outros fabricantes a desenvolverem headphones cada vez mais precisos.

Joseph Grado, à direita utilizando o HP-1000, tinha motivos para se orgulhar da sua criação. É considerado por muitos o headphone que não possui nenhuma assinatura sônica. Na época, diz-se que ninguém havia ouvido headphone tão claro e transparente. É de conhecimento geral, também, que os projetistas eletrônicos conseguiam discernir facilmente a diferência entre resistores, capacitores e cabeamento utilizando o HP-1000. O fone contentou também os engenheiros de estúdio, retratando as gravações com precisão, exatamente como capturadas.

Porém, o HP-1000 era caro e o mercado de então era muito restrito. O fone saiu de linha e a Grado Labs chegou perto da falência, antes que o sucessor John Grado assumisse a companhia e lançasse uma nova linha de produtos, que obteve bastante sucesso. Ainda hoje, o HP-1000 é bem popular entre os experts em fones de ouvido, e ainda circula no mercado de usados. Alguns ainda dizem que nada chega perto dele em termos de neutralidade e linearidade do transdutor, livre de qualquer tipo de coloração.

Mas o HP-1000 tem alguns pontos fracos. É feito de alumínio, que combinado com a falta de flexibilidade do arco de metal, exerce muita pressão na cabeça do usuário. Além disso, é supra-aural e a espuma sobre o ouvido não é do agrado de todos.

Para torná-los mais confortáveis, o Larry da Headphile resolveu modificar um pouco (ou melhor, um bocado) o fone. Ele aproveitou os drivers do HP-1000, montando-os dentro da armação de um Sony CD3000. A armação do CD3000, com design circum-aural, é extremamente confortável, além de robusta e bem acabada com materiais de primeira e a Sony disponibiliza a peça à venda para fins de reposição. A criação do Larry foi batizada de HP3000. Para as conchas montadas na armação (mais conhecidas como earcups), o Larry abusou da sua habilidade com madeira, que afinal é sua especialidade. No centro dos earcups de madeira, telas de metal para conseguir um som mais arejado e natural. Para finalizar, cabos de prata feitos sob medida.

O produto acabado é o colírio que se vê na foto acima. Não é a foto de um mero produto, é o retrato da busca pela excelência em reprodução musical e da paixão por fones de ouvido.

Woo Audio WA6 Special Edition

O WA6-SE, como o nome sugere, é uma versão incrementada do WA6 e foi lançado em junho deste ano, após sua estréia no CanJam 2008, onde causou rebuliços.

Abaixo, a tradução de um review do amplificador, por Steven Guttenberg, publicado na CNET Audiophiliac.

"Você compraria uma Ferrari por US$1.050 ? Certo, e um amplificador de headphone de US$1.050 ?

O amplificador de headphone Woo Audio WA6 Special Edidtion é construído a níveis de qualidade e desempenho de Ferrari. Mesmo antes de ouvir, eu sabia que ficaria impressionado

O design é de duas peças. Um chassis contém a fonte de alimentação, o outro é o próprio amplificador. A cor de estanho e as peças do chassis são acabadas a um alto padrão, equivalente a amplificadores estéreo de US$10.000 que já tive em mãos para review, mas o WA6-SE é um bom negócio menor que o seu amplificador high-end comum. Os dois chassis juntos preenchem o espaço de uma prateleira de 28,5 por 26 centímetros.

O WA6-SE é um design de válvulas puro, sem um único semicondutor ou circuito integrado no amplificador inteiro. É manufaturado na New York’s Queens e não há placas de circuito impresso; toda a fiação é soldada à mão ponto-a-ponto. A Woo Audio fabrica cada amplificador sob demanda, por isso pode incorporar opções personalizadas e oferecer um grande leque de peças de upgrade. O tempo de fabricação atual é de três ou quatro semanas.

A Woo Audio oferece uma extensiva linha de amplificadores de headphone. O preço começa em US$470 para o Woo Audio 3; o topo de linha WA5 LE custa US$2.400. Quando eu ouvi o WA6 de US$585 alguns meses atrás, fiquei surpreso pelo som.

Usando meu headphone Grado, comparei o WA6-SE à saída de um receiver para AV de US$1.000 e adivinha? Não tinha a mais remota comparação em qualidade. O som do receiver era congestionado, sendo mais difícil de distinguir instrumentos individuais em gravações densas e com mixagem pesada, como no CD remasterizado The Song Remains the Same do Led Zeppelin.

Alternando entre o Woo e o receiver era como comparar um MP3 de 128Kbps a um Super Audio CD. Não é que o receiver tinha o som ruim, é que o Woo tinha o som melhor. O grave era mais profundo, o agudo tinha maior alcance, a diferença em clareza era surpreendente.

Bom, o WA6-SE tinha que dar um banho no receiver; o receiver era equipado com o que há de mais recente em dispositivos de processamento surround e podia entregar 100 watts por canal para sete alto-falantes, blá, blá, blá. Mas como fornecedor de som para headphones, era negligível.

Claramente, os projetistas do receiver dedicaram tempo e dinheiro para fazer o melhor receiver para home theater que podiam. O som do headphone não é uma prioridade. Se home theater é para você, compre um receiver AV.

Mas se você ouve muita música com headphones, se presenteie com um amplficador Woo Audio. Ele é feito para oferecer décadas de uso e durará muito mais que os receivers atuais e os MacBook Airs de US$1.799 que ocupam espaço nos lixões. [...]"



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Alaúde


"A Tocadora de Alaúde", obra barroca pintada a óleo pelo italiano Orazio Gentileschi (1563 - 1639).

Foi muito difícil encontrar uma imagem de qualidade dessa pintura na Internet. A grande maioria tem aquela aspereza que a digitalização e os algoritmos de compressão deixam na imagem, escondendo toda a suavidade da pintura.
Não me restaram muitas opções, a não ser procurar uma foto amadora do quadro, tirada na Galeria Nacional de Arte dos Estados Unidos, e dar um tratamento em photoshop. O resultado, ainda longe do ideal, é o que se vê no topo deste post.
O quadro retrata uma jovem instrumentista ouvindo atenciosamente uma nota do seu alaúde, que está sendo afinado antes do concerto e será acompanhado de instrumentos de sopro e violino. O que mais chama atenção é a riqueza de detalhes e a textura dos panos, tanto da roupa como também dos tecidos que cobrem os objetos. Veja este detalhe da obra para perceber melhor o cuidado e a minuciosidade do pintor.


Mas para ninguém esquecer que este é um blog sobre música e reprodução musical, venho também indicar esta gravação das sonatas para alaúde de Silvius Leopold Weiss, interpretadas pelo japonês Yasunori Imamura.

Yasunori, que dedicou sua vida a esse único instrumento, teve a honra de ter seu CD premiado com o selo Diapason d'Or. As sonatas são fáceis de assimilar e muito belas. Relaxantes, são daquelas que caem bem em qualquer ocasião, sempre apaziguando o ambiente.



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HeadAmp Pico


Apesar de que já faz quase um ano que o amplificador portátil Pico foi anunciado pela HeadAmp, ele fez tanto sucesso que merece um post dedicado. Vou me restringir em postar a tradução da descrição do Pico, feita por Justin Wilson, o homem por trás da marca HeadAmp.

"
Amplificadores portáteis para headphones ficaram menores, mas e a eletrônica dentro deles? Com o Pico, me determinei a fazer um amplificador bem pequeno, que possuísse capacidade de voltagem e corrente necessária para alimentar headphones de todas as impedâncias e sensibilidades, com um piso de ruído muito baixo, o que é importante para monitores in-ear sensíveis. Ao projetar o Pico, explorei todos os amp-ops concebíveis para headphones e estou convencido de que o Pico é o melhor que poderia ser. Não conheço nenhum amplificador deste tamanho que tem a capacidade de alimentação do Pico. Também quis oferecer muitas qualidades importantes para uma boa experiência do usuário e para manter o Pico moderno.


O Pico é alimentado por uma bateria de célula dupla de polímero de lítio para obter o dobro a voltagem e possui um carregador linear interno inteligente. Um adaptador DC incluso fornece a energia ao carregador e consegue, também, alimentar o amplificador. Um regulador entre o adaptador DC e o carregador mantém a energia bastante limpa.


Há um seletor de ganho de duas posições no painel frontal, bem como um interruptor liga/desliga embutido no controle de volume. A saída para headphone e a entrada de linha são conectores mini de 3.5mm no painel frontal. Os conectores mini são os de melhor qualidade que encontrei. Ainda na frente há dois pequenos LEDs, um para a força e outro para o carregamento.


Mas a maior atração do Pico talvez seja o DAC USB opcional, que é diferente de qualquer DAC portátil disponível. Ainda dentro da mesma minúscula carcaça, o DAC USB opcional converte USB direto para I2S e é amostrado para 24/96 com um ASRC, conhecido por criar um design livre de jitter. O DAC é ligado no clock de baixo jitter do Pico, ao invés do USB. A conversão D/A é feita por um chip de 24-bit topo de linha da Wolfson, o WM8740 e, em seguida, passa para um estágio de saída analógico que usa um único amp-op MOSFET.

Esse tipo de design só é encontrado em DACs grandes de mais de mil dólares, com a exceção de que eles raramente dão tanta atenção às suas entradas USB, e além disso não há necessidade de energia da tomada para o Pico, o que adicionaria ruído e zumbido. Com seu tamanho minúsculo, o comprimento do caminho dos sinais são mantidos os mais curtos possíveis.


O Pico mede 5,1 x 7,0 x 2,2cm e estão inclusos um adaptador DC, capa de couro e cabo USB (se o DAC USB for adicionado).
"


O Pico custa US$329,00 na versão sem DAC. Com o DAC USB, sai por US$499,00.

Meier Audio Corda Symphony


A praticidade de amplificadores para fones de ouvido com entrada de áudio digital é cada vez mais bem-vinda entre os audiófilos. O reflexo disso são produtos como o Symphony da Meier Audio, cujo lançamento está agendado para outubro próximo.

Além dos dois pares de entradas analógicas, o amplificador conta com três entradas digitais: coaxial S/PDIF, óptica S/PDIF e USB. Essa última é um prato cheio para quem ouve música diretamente do computador. A conversão digital-analógica é feita pelo WM8741, o mais recente chip topo de linha da Wolfson. Esse conversor oferece nove filtros digitais diferentes que podem ser selecionados pelo usuário.

Na frente do Symphony, duas saídas para headphones: uma para alta e outra para baixa impedância. Tem também um switch seletor de ganho, além do acionador de crossfeed, típico da Meier Audio.

O produto trabalha com a tecnologia "terra balanceado" (conceito explicado em detalhes no website oficial) e utiliza o amplificador operacional LM6171, que opera em classe A, e buffers Burr-Brown BUF634 para a amplificação de saída. Um detalhe importante é que há três fontes de alimentações independentes, cada uma com o seu transformador toroidal: um de 25W para os estágios de saída, um de 10W para a amplificação e o último de 7W para o DAC.

Bom, além da versatilidade e da excelência em aspectos técnicos, o outro mérito desta jóia é bem óbvio: a estética. O design e a carcaça em alumínio anodizado e escovado é de deixar qualquer dono orgulhoso de sua beleza. O preço ainda não foi divulgado.

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Audio-Technica ATH-ESW10



A Audio-Technica incluirá, no final de 2008, um novo produto à sua aclamada linha de headphones portáteis.

O ATH-ESW10, com o "W" sugerindo o acabamento em madeira (Wood) feito à mão, será lançado em edição limitada de 1500 unidades.

Especula-se que o fone é uma versão melhorada do popular ATH-ESW9.
Os drivers magnéticos de neodímio de 42mm de diâmetro "são capazes de produzir um rico e preciso grave, integrado com a clareza e o detalhe de alta resolução, marca registrada da Audio-Technica", garante o fabricante.

O headphone fez sua primeira aparição pública na feira de eletrônicos de Berlin deste ano, a IFA 2008.
O preço ainda não foi divulgado oficialmente. Como referência, o ESW9 custa cerca de US$ 300,00.

Yamandu + Dominguinhos


"Ao reunir Yamandú Costa e Dominguinhos no estúdio para a gravação de um CD, o produtor musical José Milton tinha uma intenção bem definida: deixar os dois músicos tocarem o que tivessem vontade, sem estarem presos ao estilo de um ou de outro", diz a gravadora Biscoito Fino, que teve o grande privilégio de publicar este trabalho ímpar. E a idéia deu mais do que certo.

Impressiona o entrosamento, não somente fruto da genialidade e destreza dos dois músicos, mas também do timbre do violão e da sanfona, que se complementam e alcançam uma harmonia incontenstável.

O repertório, representativo da riqueza musical brasileira, além de incluir composições próprias do gaúcho e do pernambucano, passeia por grandes nomes da nossa música, como Tom Jobim, Sivuca, Chico Buarque, Luiz Gonzaga, entre outros.


Para sentir um gostinho do trabalho, assista abaixo a trechos do show no Ibirapuera, que contém algumas das músicas gravadas no CD.
Não esqueça de por seu headphone!





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Smyth Virtual Surround


Muitos dizem que a audição com fones de ouvido é vantajosa pela resolução e por permitir maior grau de intimidade com a música, mas que esses não conseguem reproduzir o mesmo palco sonoro dos altofalantes, nem a tridimensionalidade de um sistema multicanal (salvas as boas gravações binaurais).

Imagine agora como seria combinar todas as vantagens do fone de ouvido com a sensação de distância e posicionamento exata de um home theater bem montado.

Se depender dos Drs. Michael e Stephen Smyth, isso está perto de se tornar realidade. Ou melhor, já se tornou.
Estamos falando do Smyth Virtual Surround, ou simplesmente SVS. Trata-se de uma tecnologia simples e inteligentíssima, que se bem implementada traz resultados promissores: consegue replicar, através de fones de ouvido, o som de qualquer sistema de até oito canais.

Como isso é possível?

Tudo começa com um processo de calibração personalizado. O usuário senta numa sala de audição munida com o aparelho SVS, e insere um microfone em cada ouvido, como se fossem fones in-ear. O SVS gera tons de 20Hz a 20KHz para cada um dos altofalantes e capta o sinal que chega aos ouvidos, pelos microfones de calibração. Esse processo é realizado quando o usuário olha para frente e é repetido por duas vezes: com a cabeça direcionada para o canal frontal esquerdo e, em seguida, para o direito.
O resultado do processo é uma leitura completa de como cada faixa de freqüência, reproduzida por cada um dos canais de áudio, são modeladas até chegarem ao destino final: o canal auditivo. Ou seja, o SVS é capaz de quantificar precisamente como a estrutura física das orelhas e da cabeça afeta as ondas sonoras advindas de diferentes posições. Essa estrutura difere para cada indivíduo, o que torna a calibração extremamente personalizada.

Numa segunda fase, o usuário coloca seu fone de ouvido sobre a cabeça, ainda com os microfones inseridos nos ouvidos. O SVS enviará tons, dessa vez para o fone, aplicando uma compensação para que o som proveniente do fone tenha o mesmo volume daquele dos altofalantes. Ou seja, é feita uma equalização do fone, para que soe igual ao sistema multicanal.
Pronto! A calibração estará então concluída, e dura aproximadamente dois minutos. O seu perfil digital poderá ser gravado no próprio aparelho ou num cartão de memória, e o arquivo totaliza aproximadamente 1MB.


Perceba que não é captada somente a influência anatômica dos ouvidos no som. O timbre dos altofalantes, posicionamento, a acústica da sala, reflexões na parede, todos darão suas contribuições. Em outras palavras, o SVS replica o som para um indivíduo específico, e numa sala de audição específica!
É possível, então, levar o aparelho para qualquer outro ambiente, ligar no seu player e experimentar qualquer filme ou música multicanal (ou até mesmo estéreo), como se estivesse sendo reproduzida na sala utilizada durante a calibração.

Para deixar a experiência ainda mais realista, os irmãos Smyth adicionaram o Head-Tracking, um transmissor infravermelho que se acopla ao topo do arco do headphone. Um receptor é posicionado à frente do usuário (na parte superior da tela da TV, por exemplo) e detecta os movimentos laterais da cabeça. Assim, mesmo virando o rosto para os lados, a sensação é de que os altofalantes permanecem fixos, cada um em sua posição. Se não houvesse tal dispositivo, iria parecer que sala gira junto com a cabeça.

A tecnologia vem sendo desenvolvida há anos e o primeiro protótipo foi apresentado publicamente em 2004. A versão comercial está sendo prometida para este ano e a previsão é de que custe aproximadamente US$ 3.000,00. Isso inclui um headphone eletrostático Stax e seu amplificador.
A calibração não será obrigatória: alguns perfis pré-configurados utilizando um dummy head (cabeça artificial que imita a anatomia humana, utilizada em gravações binaurais) e algumas salas "padrão" de diferentes dimensões virão na memória do aparelho.

O aparelho foi apresentado este ano no encontro internacional da comunidade on-line Head-Fi. Clique aqui para detalhes e comentários. Veja também um vídeo gravado durante o evento, mostrando o funcionamento do SVS e alguns depoimentos.

No AVS Forum, foi postado um review de testes do protótipo.

Finalmente, o site do engenheiro de gravação Barry Rudolph, que experimentou o sistema e dá seu depoimento, descrevendo brevemente a tecnologia.

Denon AH-D7000



A Denon vem apostando em seus fones de ouvido high-end e estará lançando neste mês de setembro o AH-D7000, seu mais novo flagship.

O aspecto luxuoso dos fones salta aos olhos e transparece o cuidado com os detalhes: carcaça de madeira de mogno com acabamento envernizado (tipo piano gloss), almofadas de couro natural, estrutura leve de magnésio e ajuste do arco por rolamentos.

Por dentro, também não deixa a desejar. O driver é constituído por um diafragma de microfibras que garante uma resposta em freqüência de 5Hz a 45KHz e utiliza magneto de neodímio reforçado que, citando as palavras do fabricante, proporciona alta eficiência e previne contra não-linearidades da estrutura móvel.

Para fazer juz à qualidade do conjunto, seu cabo de 3m é de OFC (cobre livre de oxigênio) de alta pureza.




O preço sugerido é de US$ 999,00. Se vale a pena, ainda não sabemos, pois até agora pouquíssimos tiveram o privilégio de experimentá-lo. Mas quem já ouviu, garante ser bem superior ao seu antecessor, o AH-D5000.


Para ver as primeiras impressões publicadas e mais fotos do D7000, é só acessar o review da CNET através do link abaixo.

CNET: Exclusive ears-on with Denon AH-D7000 headphones

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