Audio-Technica revela novos headphones


A Audio-Technica acaba de anunciar seus mais novos headphones, que vão desde simples fones esportivos e coloridos até os mais caros e sofisticados.
Os que mais chamam atenção dos audíofilos são os fones high-end ATH-A2000X e ATH-A1000X. Ambos ocuparão o topo da consagrada linha ART Monitor.




O ATH-A2000X, que entrará no mercado em 5 de dezembro, é um fone fechado, com as conchas feitas em titânio, material leve e de alta rigidez.
Possui drivers de 53mm de diâmetro, impedância de 42 ohms, resposta em freqüência de 5Hz a 45KHz. A armadura é feita com liga de magnésio leve e o fone tem 298 gramas.




O ATH-A1000X compartilha muitas das características do irmão mais velho e será lançado no mesmo dia.
Além da cor da concha, que será de alumínio, a diferença entre os dois também é sonora e se traduz na extensão da freqüência aguda, que alcança pouco menos que o A2000X.




Outra novidade é o fone in-ear ATH-CK1000. É o primeiro da Audio-Technica a usar três drivers, além de ser o menor monitor in-ear do mundo.
O enclausuramento é também em titânio, contribuindo para deixar o peso total em 4 gramas. O CK100 tem 23 ohms de impedância e resposta em freqüência de 20Hz a 18KHz.



O preço aproximado do ATH-A2000X será de US$ 770,00 e de US$ 603,00 para o ATH-A1000X. O in-ear de driver triplo ATH-CK100 sai nas lojas em 21 de novembro e custará US$ 561,00.

Grado HP-1000 e Headphile HP3000


"No final da década de 80, Joseph Grado começou o desenvolvimento do que iria se tornar o primeiro headphone dinâmico verdadeiramente high-end. A introdução dos headphones Joseph Grado Signature Series foi um evento importante na evolução do design do headphone. O processo esmerado de design do Joseph Grado, combinado com aproximadamente meio século de experiência na manufatura de dispositivos de áudio, surpreendeu até os mais críticos articulistas. Joseph extendeu o desempenho do headphone a níveis anteriormente alcançados somente pelos melhores sistemas de alto-falantes, nas áreas de dinâmica, controle, precisão harmônica e qualidade de grave. No processo, ele mais uma vez criou uma categoria completamente nova: headphones de verdadeira qualidade audiófila."

É o que conta a página da Grado Labs. E não é exagero deles. O HP-1000, que é citado no texto acima como "Signature Series", foi um grande marco na história da audiofilia e encorajou muitos outros fabricantes a desenvolverem headphones cada vez mais precisos.

Joseph Grado, à direita utilizando o HP-1000, tinha motivos para se orgulhar da sua criação. É considerado por muitos o headphone que não possui nenhuma assinatura sônica. Na época, diz-se que ninguém havia ouvido headphone tão claro e transparente. É de conhecimento geral, também, que os projetistas eletrônicos conseguiam discernir facilmente a diferência entre resistores, capacitores e cabeamento utilizando o HP-1000. O fone contentou também os engenheiros de estúdio, retratando as gravações com precisão, exatamente como capturadas.

Porém, o HP-1000 era caro e o mercado de então era muito restrito. O fone saiu de linha e a Grado Labs chegou perto da falência, antes que o sucessor John Grado assumisse a companhia e lançasse uma nova linha de produtos, que obteve bastante sucesso. Ainda hoje, o HP-1000 é bem popular entre os experts em fones de ouvido, e ainda circula no mercado de usados. Alguns ainda dizem que nada chega perto dele em termos de neutralidade e linearidade do transdutor, livre de qualquer tipo de coloração.

Mas o HP-1000 tem alguns pontos fracos. É feito de alumínio, que combinado com a falta de flexibilidade do arco de metal, exerce muita pressão na cabeça do usuário. Além disso, é supra-aural e a espuma sobre o ouvido não é do agrado de todos.

Para torná-los mais confortáveis, o Larry da Headphile resolveu modificar um pouco (ou melhor, um bocado) o fone. Ele aproveitou os drivers do HP-1000, montando-os dentro da armação de um Sony CD3000. A armação do CD3000, com design circum-aural, é extremamente confortável, além de robusta e bem acabada com materiais de primeira e a Sony disponibiliza a peça à venda para fins de reposição. A criação do Larry foi batizada de HP3000. Para as conchas montadas na armação (mais conhecidas como earcups), o Larry abusou da sua habilidade com madeira, que afinal é sua especialidade. No centro dos earcups de madeira, telas de metal para conseguir um som mais arejado e natural. Para finalizar, cabos de prata feitos sob medida.

O produto acabado é o colírio que se vê na foto acima. Não é a foto de um mero produto, é o retrato da busca pela excelência em reprodução musical e da paixão por fones de ouvido.

Woo Audio WA6 Special Edition

O WA6-SE, como o nome sugere, é uma versão incrementada do WA6 e foi lançado em junho deste ano, após sua estréia no CanJam 2008, onde causou rebuliços.

Abaixo, a tradução de um review do amplificador, por Steven Guttenberg, publicado na CNET Audiophiliac.

"Você compraria uma Ferrari por US$1.050 ? Certo, e um amplificador de headphone de US$1.050 ?

O amplificador de headphone Woo Audio WA6 Special Edidtion é construído a níveis de qualidade e desempenho de Ferrari. Mesmo antes de ouvir, eu sabia que ficaria impressionado

O design é de duas peças. Um chassis contém a fonte de alimentação, o outro é o próprio amplificador. A cor de estanho e as peças do chassis são acabadas a um alto padrão, equivalente a amplificadores estéreo de US$10.000 que já tive em mãos para review, mas o WA6-SE é um bom negócio menor que o seu amplificador high-end comum. Os dois chassis juntos preenchem o espaço de uma prateleira de 28,5 por 26 centímetros.

O WA6-SE é um design de válvulas puro, sem um único semicondutor ou circuito integrado no amplificador inteiro. É manufaturado na New York’s Queens e não há placas de circuito impresso; toda a fiação é soldada à mão ponto-a-ponto. A Woo Audio fabrica cada amplificador sob demanda, por isso pode incorporar opções personalizadas e oferecer um grande leque de peças de upgrade. O tempo de fabricação atual é de três ou quatro semanas.

A Woo Audio oferece uma extensiva linha de amplificadores de headphone. O preço começa em US$470 para o Woo Audio 3; o topo de linha WA5 LE custa US$2.400. Quando eu ouvi o WA6 de US$585 alguns meses atrás, fiquei surpreso pelo som.

Usando meu headphone Grado, comparei o WA6-SE à saída de um receiver para AV de US$1.000 e adivinha? Não tinha a mais remota comparação em qualidade. O som do receiver era congestionado, sendo mais difícil de distinguir instrumentos individuais em gravações densas e com mixagem pesada, como no CD remasterizado The Song Remains the Same do Led Zeppelin.

Alternando entre o Woo e o receiver era como comparar um MP3 de 128Kbps a um Super Audio CD. Não é que o receiver tinha o som ruim, é que o Woo tinha o som melhor. O grave era mais profundo, o agudo tinha maior alcance, a diferença em clareza era surpreendente.

Bom, o WA6-SE tinha que dar um banho no receiver; o receiver era equipado com o que há de mais recente em dispositivos de processamento surround e podia entregar 100 watts por canal para sete alto-falantes, blá, blá, blá. Mas como fornecedor de som para headphones, era negligível.

Claramente, os projetistas do receiver dedicaram tempo e dinheiro para fazer o melhor receiver para home theater que podiam. O som do headphone não é uma prioridade. Se home theater é para você, compre um receiver AV.

Mas se você ouve muita música com headphones, se presenteie com um amplficador Woo Audio. Ele é feito para oferecer décadas de uso e durará muito mais que os receivers atuais e os MacBook Airs de US$1.799 que ocupam espaço nos lixões. [...]"



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Alaúde


"A Tocadora de Alaúde", obra barroca pintada a óleo pelo italiano Orazio Gentileschi (1563 - 1639).

Foi muito difícil encontrar uma imagem de qualidade dessa pintura na Internet. A grande maioria tem aquela aspereza que a digitalização e os algoritmos de compressão deixam na imagem, escondendo toda a suavidade da pintura.
Não me restaram muitas opções, a não ser procurar uma foto amadora do quadro, tirada na Galeria Nacional de Arte dos Estados Unidos, e dar um tratamento em photoshop. O resultado, ainda longe do ideal, é o que se vê no topo deste post.
O quadro retrata uma jovem instrumentista ouvindo atenciosamente uma nota do seu alaúde, que está sendo afinado antes do concerto e será acompanhado de instrumentos de sopro e violino. O que mais chama atenção é a riqueza de detalhes e a textura dos panos, tanto da roupa como também dos tecidos que cobrem os objetos. Veja este detalhe da obra para perceber melhor o cuidado e a minuciosidade do pintor.


Mas para ninguém esquecer que este é um blog sobre música e reprodução musical, venho também indicar esta gravação das sonatas para alaúde de Silvius Leopold Weiss, interpretadas pelo japonês Yasunori Imamura.

Yasunori, que dedicou sua vida a esse único instrumento, teve a honra de ter seu CD premiado com o selo Diapason d'Or. As sonatas são fáceis de assimilar e muito belas. Relaxantes, são daquelas que caem bem em qualquer ocasião, sempre apaziguando o ambiente.



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